GELADEIRA: GELADEIRE-SE. ESFRIE-SE. CONSERVE-SE. INVENTE-SE.

Daí de repente a gente descobre/relembra que fogão e geladeira mudaram completamente a cultura culinária desde o começo do século 20. O fogão a gás foi o desenvolvimento dos fogões da antiguidade. Mas e a geladeira? Os primeiros experimentos vieram do século 19, embora só a partir da década de 1930 é que surgiram os primeiros refrigeradores. E significaram uma revolução para manter alimentos conservados. Hoje, achamos isso normal. Antes? Era quase ficção.

Domelre foi a primeira geladeira feita para ser utilizada em casa, produzida em massa e vendida às centenas pelo território norte-americano. Este nome é uma anacromia de DOMestic ELetric REfrigeration, dado pelo seu inventor, Fred W. Wolf Jr. A intenção seria criar algum equipamento compacto, montável e fácil de plugar a qualquer tomada.

Quer saber mais? O modelo posterior de geladeira foi o Monitor-top, da General Eletrics, lançado com imenso sucesso em 1927. Ou seja: há quase um século. Detalhe desta mudança comportamental: mais de um milhão desses aparelhos foram vendidos. E, historicamente, significam a alteração que revolucionou as cozinhas por manter alimentos conservados. Hoje, achamos isso normal? Sim. Mas antes era quase ficção científica.

Portanto, amig(x)s, a cada dia penso mais sobre isto: temos que ser parceiros e criativos a partir da senhora geladeira. Lá existem roteiros ocultos, descobertas e situações criativas. E, mesmo que a sua geladeira esteja quase vazia, o desafio será sempre este: ser inventivo para transformar o mínimo no máximo.

E quem gosta de cozinhar, de gerar novidades no planeta da culinária, compreende que a geladeira é --e será sempre-- parceira fundamental na elaboração, criação e produção de delícias destinadas ao paladar, à boca, à degustação, à alma. Lá dentro armazenamos alimentos perecíveis: desde legumes, frutas, carnes, ovos e dezenas de outros ítens. E tem mais: mantemos comidas, panelas, vasilhas com mil petiscos. Entretanto, nem sempre controlamos o 'arquivo' da geladeira. Ela pode estar cheia, meio preenchida ou incompleta. Portanto, fuçar a dona geladeira será sempre um campo de descobertas.

E, de repente, num belo dia, você decide cozinhar e se depara com poucos elementos na geladeira. Fazer o quê? Ser criativo é saber inventar algo proveniente do mínimo. Então, vamos nesta primeira opção? Encontrou pouca coisa? E agora? Calma. Tem que baixar a criatividade. Resgate o que tem na sua geladeira e comece a fuçar o armário da cozinha. Certamente você encontrará algumas combinações para fazer algo comestível e delicioso. Este desafio faz parte dos mistérios da cozinha. Mistério sempre há de pintar por aqui. Sim, porque comida precisa ser diversão e arte. Além de significar uma busca por prazeres e sabores abundantes.

Então: o desafio (ou enigma?) é este: abrir a geladeira e ser criativo com o que estiver armazenado ali. E, a partir dessa “colheita”, saber direcionar-se na bagunça (ou no empenho?) dos temperos, comilanças, molhos e surpresas. Preparar alimentos será sempre um eterno aprendizado (quase) espiritual. A geladeira pode – e deve— ser parceira nas descobertas mínimas, médias ou máximas.

Gelou-se? Ou esquentou-se?

Vamos entrar nas duas situações, OK?

E por favor:

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